Bolt, espartanos, e a superação de limites

Nos últimos dias, os noticiários esportivos tem nos passado as imagens assombrosas de um homem que desafia todos os limites das capacidades físicas de seu corpo, o mundo o chama de Usain Bolt o jamaicano que tem desafiado todos os especialistas em limites das capacidades do corpo humano.

Este velocista fez o que parecia impossível nas provas de 100m e 200m, quebrando recordes mundiais e obrigando aos estudiosos dos limites físicos do corpo humano a refazer cálculos e alertar que a linha do limite está bem próxima de ser atingida.

A história da humanidade se encontra repleta de exemplos de superação dos limites das capacidades mentais e físicas, contrariando assim a fria lógica científica; esses relatos demonstram praticamente uma constante da raça humana em seu hábito histórico de superar seus limites ou, ao menos, tentar fazê-lo.

O historiador grego Heródoto deixou o relato da surpreendente da batalha das Termópilas, travada entre persas e gregos, estes últimos liderados pelos valorosos espartanos, por volta de 480 a. C.

A resistência heróica de cerca de trezentos espartanos e seus aliados diante da maioria Persa, nos legou um exemplo de extrema dedicação e superação de limites, os relatos de Simónides de Céos, registrados em um emocionante epitáfio, nos mostrar um pouco desse destemor inerente aos bravos heróis, que como Usain Bolt, buscaram dentro de suas entranhas, forças para superar a fronteira da sua capacidade.

“Estrangeiro, vai contar aos Lacedemónios que jazemos
aqui, por obedecermos às suas normas.”

(Simónides de Céos)

Quantos anonimos dia após dia, superam o limites de sua resistência, transpondo dificuldades, às vezes apenas com a esperança de obter sucesso em suas empreitadas, nao importando o tamanho da façanha, mas apenas conseguir os objetivos almejados.

Esses herois se somam aos mitos, no panteão dos bravos da raça humana, que se  sucedem geração apos geração, assim como Bolt, muitos outros desafiam seus limites e levam pesquisadores a se debruçar sobre esse fenômeno, até onde o ser humano pode ir em seus limites…

Por Roberto Silva